sexta-feira, janeiro 13, 2006

A vida do tempo



Com certeza em alguma vez na vida você já deve ter tido a sensação de que os dias estão mais curtos, de que as horas voam e os minutos se confundem com segundos. Quando éramos crianças não tínhamos tal percepção do tempo como temos hoje, adultos, pois não tínhamos a consciência de que precisávamos do tempo para brincar. Houve tantas mudanças nos aspectos sociais, econômicos (globalização) e culturais do nosso mundo, que hoje tudo acontece num piscar de olhos onde o tempo necessário para absorção ou adequação a essas mudanças é muito escasso. Na década de 50, por exemplo, as mudanças eram mais lentas, as informações inovadoras chegavam em ritmo de conta-gotas, hoje não, as mudanças são constantes, as informações são tão diversas que nos falta tempo para absorvê-las em tempo real.
Outro fator muito importante sobre o novo tempo, é que a mesma velocidade com que as informações surgem, ficam obsoletas. Vivemos em uma nova sociedade sem tempo para relaxar, estressada, com intensas insônias e que ao amanhecer de uma nova aurora já acorda de terno, gravata a fim evitar qualquer perda de tempo em se preparar para o dia seguinte. Não são as horas que diminuíram, fomos nós que tivemos nossos metabolismos alterados pela nova lei de sobrevivência. Comemos rápido demais, ouvimos menos, fazemos mais, sentimos tudo, ficamos doentes, ficamos em vários lugares ao mesmo tempo, sonhamos em nossos postos de trabalho, reclamamos do trânsito, da violência, sorrimos quando dá tempo e choramos sempre quando necessário.

Nenhum comentário: