sexta-feira, julho 21, 2006

Gestão de valores, uma abordagem empírica de melhoria contínua

O que de fato faz as organizações acreditarem que estão mudando para competir? Por que algumas organizações são mais resistentes às mudanças do que outras? O que é valor no mundo coorporativo e para que serve se nem sempre este é um facilitador na vida das organizações?

As estratégias sempre focam meios para alcançar objetivos, desenhar cenários e tornar as empresas cada vez mais competitivas. Para reter a motivação dos colaboradores na organização é preciso reinventar continuamente, é preciso que haja a renovação de valores, pois o valor é perecível, e nele da mesma forma que nascem esforços também morrem. Estes valores são os mais variados possíveis – sejam valores voltados à produção de um chão- de- fábrica ou até mesmo o market share desejada pela empresa. Os valores estão totalmente em função do tipo de cultura predominante da organização, estes valores podem ser de pessoal, de ambiente de trabalho, processos, produto, econômico, clientes ou social. Quando as organizações passam por dificuldades em se manterem ativas, é porque os valores adotados estão ultrapassados face às expectativas do mercado. A capacidade de resilir nesse momento deve ser ampliada numa busca incessante por ações de melhoria. A renovação de valores implica mudança e mudança está relacionada com incerteza que por sua vez nos causam insegurança, assim como acontece com nós mesmos, que passamos a boa parte da nossa vida tentando melhorar nossa qualidade de vida. A qualidade de vida das organizações depende em muito da adequação às mudanças do macro ambiente se quiserem chegar em meados do século XXI. A gestão só acontece quando os fatores críticos de sucessos são monitorados, medidos e apresentam indicadores de desempenho. A gestão de valores é mais que isso - além do que já conhecemos, é necessário que as organizações ajam preventivamente, evitem fatores críticos de sucesso na forma de ice berg. Por exemplo, uma empresa que busca aumentar o índice de satisfação de seus clientes diminuindo o prazo de entrega de 24 horas para 12 horas não deve se ater apenas com o setor de produção e vendas, mas também apresentar indicadores de desempenho no que se refere à adequação de fornecedores, pessoal, logística etc. Tendo a satisfação de cliente como fator crítico de sucesso inicialmente, entende-se agora que ela é apenas o cume de todo processo que abrange interfaces internas e externas e que precisam ser monitoradas, medidas e melhoradas. Quando se destinam esforços somente ao cume de um processo é inevitável o surgimento de vícios que resultem na paralisia do sistema, além da organização mergulhar num estado mental de evolução falacioso em razão dos valores não serem renovados e construídos em todas as bases da organização. A gestão de valores não pode ser vista como um “dever”, e sim, como uma filosofia de trabalho onde se faz necessário o esforço coletivo e todos os envolvidos no processo possam ganhar e ser reconhecidos. Liderança, conscientização e muito compromisso são elementos chave para sucesso das organizações que pensam em criar um novo conceito de melhoria contínua: o valor renovável.

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